Os cartões corporativos são distribuídos a pessoas que ocupam postos-chave da administração pública. Começou aí o erro. Seria o mesmo que entregar seu filho pro Michael Jackson tomar conta.
Esses cartões existem para pagamentos de urgência dos servidores, como a compra de algum produto ou serviço ou cobertura de gastos de viagens não-programadas. E eles fizeram exatamente isso. Usaram os cartões apenas na compra de produtos (perfumes no free-shop), serviços (prostitutas) e gastos com viagens não-programadas (ninguém programou ir pra Fernando de Noronha com a amante. Apenas acordaram e foram).
Os cartões foram usados para pagar despesas até mesmo com veterinário. O que é compreensível, afinal os ministros precisam cuidar da saúde.
O desgaste provocado pela denúncia de irregularidades no uso do cartão corporativo derrubou a ministra Matilde Ribeiro. Mas ela não se afetou com a queda, pois tinha comprado Gelol. Com o cartão corporativo.
Ela era Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Justo ela que é de uma raça superior a minha. Ela é da raça que pode gastar o meu dinheiro suado sem a minha permissão.
Após ser descoberta ela decidiu deixar o governo. Veja bem, ninguém tirou ela do cargo. Ela "decidiu" deixar o governo. Não seria ótimo se fosse assim pra mim também? Eu estaciono num lugar proibido. Quando me pegarem no flagra não guincham meu carro. Eu apenas decido tirar ele dalí. E fica tudo bem. Não é uma pena que não sou da mesma raça da secretária da igualdade racial?
Os ministros Orlando Silva (Esportes) e Altemir Gregolin (Pesca) também estão sob suspeita. Mas já contrataram os melhores advogados para defende-los. E vão paga-los com o cartão corporativo.
Apesar de os gastos serem "emergenciais", o Ministério do Trabalho teria pago R$ 480 para consertar um relógio importado numa joalheria em Brasília. Um gasto totalmente desnecessário. Eles chegam e vão embora do trabalho a hora que querem. Consertar o relógio pra quê?
O Lula diz novamente que não sabe de nada. E como poderia saber alguma coisa alguém que não estudou?
O governo prometeu novas regras para o uso do cartão corporativo. Como quem usa o cartão são os mesmos caras que fazem as regras, pode comemorar (caso seja dono de alguma loja free-shop).
Escrito por: Danilo gentili